Carlo Ancelotti está de saída do Real Madrid.
Perdeu a Copa do Rei, perdeu a Champions, está a quatro pontos do Barça no Espanhol - e o jogo que possivelmente definirá o campeonato será na Catalunha.Era para ser um fim de ciclo amargo, certo?
Errado.
Porque o Real Madrid entendeu uma coisa simples que muita gente ainda custa a aceitar:
O que importa não é exatamente o que aconteceu.É como a história vai ser contada.
“O clube está ciente do acerto entre o técnico e a CBF, mas não abre mão de direcionar a narrativa neste fim de ciclo.”
Essa frase, perdida no meio de uma matéria do GE, diz tudo.
O Real não vai entregar Ancelotti ao acaso.
Não vai deixar que manche seu legado.Não vai permitir que a última imagem dele seja a de derrotas acumuladas.
Vão erguer a estátua antes que alguém comece a contar outra história.
Vão celebrar o vitorioso. O maestro. O homem que comandou o vestiário mais pesado do mundo.
E vão fazer isso não porque são bonzinhos — mas porque sabem que quem perde a narrativa, perde tudo. E o Real precisa continuar a ser o maior clube do mundo (para mim, depois do SCCP, claro).
É assim no futebol.
É assim nos negócios.
É assim na vida.
Pode chamar de storytelling. Pode chamar de gestão de reputação.
Tanto faz o nome.
O que importa é entender:
Se você não escrever sua história, vai virar figurante na história dos outros.
Pensa nisso antes do próximo fim de ciclo.